Reportando-nos
lá nos idos da década de 60, encontraremos em nossa paróquia, junto do então
Padre Alfredo, uma senhora, esposa e mãe de duas lindas meninas. Chama-se
Adelina Salerno Vijande, paroquiana dedicada à catequese da Primeira Comunhão
de nossas crianças.
Atravessando a
rua – naquele tempo, sem sinaleira - a mesma catequese é proporcionada às
estudantes do 3º ano primário, pela doce Irmã Isabel Suzana, no Colégio Santa
Inês, das Irmãs Escolares de Nossa Senhora.
Dentre essas
estudantes, está uma menina de 9 anos, miudinha, que chamava à atenção pelo
cabelo cacheado, pelo comportamento irrepreensível, que tirava boas notas, mas
tinha um “defeitinho”: faltava todas as aulas que podia e também as que não
podia.
A vida seguiu
seu curso para as três diferentes mulheres: nossa Adelina, que com esmero
iniciou tantos novos cristãos para a vida, por motivo de saúde, já não
conseguia mais vir para a Igreja, nem para catequizar, nem para participar das
Santas Missas; Irmã Isabel Suzana, que por muitos anos seguiu sua missão de
evangelizadora na escola, hoje o faz no Provincialato das Irmãs Escolares de
Nossa Senhora - suas antigas catequizandas sabem a saudade que ela deixou! E a
menina do “defeitinho aquele”, cresceu com seus problemas e um dia, num momento
de desespero, veio-lhe à lembrança uma única frase ouvida das pouquíssimas
aulas de catequese que assistira: “Jesus jamais nos abandona, mesmo quando nós
não O queremos por perto. Permanece ao nosso lado até que o convidemos para
entrar.”
A lembrança dessa
frase lhe abriu uma porta para o céu e com um único Pai Nosso aconteceu o
milagre que tanto pedia. Agradecer a
Deus, com a própria vida, passou a ser o maior – e depois, o único – desejo de
sua vida!
Hoje ela tem a
honra de levar Jesus àqueles que O desejam de todo o coração e já não podem vir
à Igreja para adorá-Lo e celebrá-Lo na Igreja.
E assim,
novamente, se uniram as três vidas, numa história que é vida de comunidade.
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