26.9.12

ATÉ LOGO AMIGA ZÉLIA


Objetos pessoais de Zélia Caetano Braun
Celebrar a missa de sétimo dia de alguém que amamos, significa um gesto de gratidão, reconhecimento e fé. É uma Despedia, mas nós não estamos aqui para celebrar a separação da morte, queremos celebrar a fé na vida, na ressurreição que Jesus oferece, aos que o seguem, celebrando os mistérios da nossa Redenção e Salvação. Pensei que precisava falar alguma coisa sobre a Zélia, mas de Qual Zélia?



A Zélia da Radio da Rádio Aliança
A Zélia a irmã do Jaime
A Zélia do Terço
A Zélia do Santo Antônio
A Zélia a tradicionalista
A Zélia ministra da Eucaristia
A Zélia dos Padres dos seminaristas
A Zélia das Irmãs.
A Professora Zélia
A Zélia da Barsa
A Zélia de São Luiz Gonzaga
A Tia Zélia, A Mãe Zélia
A vovó Zélia,
A Comadre Zélia
A amiga Zélia
Entre tantas outras Zélias, ficará para sempre sendo a nossa Zélia.
A Zélia Caetano Braun



Peço licença para que citar seu irmão Jayme Caetano Braun, que descreveu como ninguém a alma gaúcha.

E um dia, quando souberes
Que este gaúcho morreu,
Nalgum livro serás eu.
E, nesse novo viver,
Eu somente quero ser
A mais apagada imagem
Deste Rio Grande selvagem
Que até morto hei de querer. (JCB - "Meu verso")

Louvemos a Deus pelo dom da vida, pelo perdão que alcançamos da Cruz dp Senhor e pela graça de termos convivido com uma mulher de fé e inspiração como Zélia Caetano Braun.

Te foste, como outros foram
Pro velho pago do Além,
Aonde um dia, também,
Eu quero bolear a perna.
E o Patrão que nos governa,
Que por certo é teu amigo,
Há de ser bueno contigo
Aí na Querência Eterna. (JCB - "Prece")
Reunidos como família de Deus para ouvir sua Palavra e participar da Mesa Sagrada, viemos fazer uma prece por nossa Zélia.

Pra saudade não tem cura,
E só me resta o consolo
Pensar no pago crioulo
Onde minha alma se ajoelha.
E, se ao bom Deus der na telha,
Quero, por suprema graça,
Desconjuntar a carcaça
Naquela terra vermelha. (JCB - "Missioneiro")

Todos os nossos encontros com a Zélia, foram sempre muito alegres e muito cheios de fé.

Um dia, quando eu me for,
Rumbeando a Querência Eterna,
Onde bolearei a perna
Diante do meu Criador,
Não chorem o pajador
Do velho pago florido,
Que há de cantar comovido
Até o último repuxo,
Porque só em nascer gaúcho
Vale a pena ter vivido! (JCB - "Milonga do Pajador")

Rezemos pelos familiares e amigos de Zélia Caetano Braun, para que encontrem na fé o conforto para saudade.

Não precisará quem chore,
Quando cambiar de querência
pra buscar noutra existência
Que a luz da sorte melhore,
Pois, o Jayme já é folclore,
Sanga do campo que corre,
A vida pra ele é um porre
Dum existir sem viver.
Quando expirar, vai nascer,
Que um pajador nunca morre! (JCB - "Daniel Paiva")
Zélia Caetano Braun é para nós um exemplo de alguém que sempre confiou na bondade de Deus, por isso acreditamos que ela já está tomando o seu amargo com o Divino Tropeiro.

E agora que estás vivendo
Na Estância grande do Céu,
Engraxando algum sovéu
Pro Patrão Velho buenacho,
Lembra sempre aqui de baixo,
onde a lo largo inda existe
Muito xiru velho e triste
Como tu, criado guacho! (JCB - "Tio Anastácio")

A nossa Zélia nunca deixou seus amigos a pé, sabia chegar o coração das pessoas, quantas vezes a ouvimos pedir ajuda para doentes e orações pelos abatidos.

Ao bom Deus, que é rio-grandense,
Sempre peço, enquanto vivo,
Um chimarrão para o estrivo
Quando chegar o meu fim.
E, se Ele quiser assim,
Vá destacando uma china
Que lá na Estância Divina
Prepare o mate pra mim. (JCB - "Chimarrão do Estrivo")

Nós sabemos com toda a certeza da fé que morte não é o fim mais uma "passagem" para a vida verdadeira, onde nos esperam os que amamos, onde não haverá nem dor nem sofrimento, onde todas as lágrimas serão enxugadas.

Por isso, quando eu me for,
Rumbeando a plaga divina
Que ninguém lamente a sina
deste andejo pajador.
E, se Deus Nosso Senhor,
Nosso Patrão soberano,
Precisar de algum vaqueano
Que entenda de campo e potro,
talvez que, na falta doutro,
Lembre do Jayme Caetano! (JCB - "Milonga do Tio Modesto")
Se não houver campo aberto,
Lá em cima, quando eu me for,
Um galpão acolhedor
De santa-fé bem coberto,
Um pingo pastando perto,...
Só de pensar me comovo,
Eu juro, pelo meu povo,
Nem todo o Céu me segura,
Retorno à velha planura
Pra ser gaúcho... de novo!
(JCB - "Galpão Nativo")

Termino afirmando que memória de Zélia Caetano Braun, servirá sempre para estreitar amizades porque será impossível lembrar a nossa Zélia sem dar umas boas rizadas; a memória da Zélia servira ainda para manter viva em nós a chama tradicionalista, para fortalecer a família Aliança; para inspirar muitos evangelizadores, para fortalecer a Cruzada do Santo Rosário; para propagar a devoção a Santo Antônio, a lista seria ainda longa, pois a memória da nossa Zélia será sempre combustível de fé em Deus nos dias difíceis de nossa vida. Amém. 

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