Objetos pessoais de Zélia Caetano Braun |
Celebrar
a missa de sétimo dia de alguém que amamos, significa um gesto de gratidão,
reconhecimento e fé. É uma Despedia, mas nós não estamos aqui para celebrar a
separação da morte, queremos celebrar a fé na vida, na ressurreição que Jesus
oferece, aos que o seguem, celebrando os mistérios da nossa Redenção e
Salvação. Pensei que precisava falar alguma coisa sobre a Zélia, mas de Qual
Zélia?
A
Zélia da Radio da Rádio Aliança
A
Zélia a irmã do Jaime
A
Zélia do Terço
A
Zélia do Santo Antônio
A
Zélia a tradicionalista
A
Zélia ministra da Eucaristia
A
Zélia dos Padres dos seminaristas
A
Zélia das Irmãs.
A
Professora Zélia
A
Zélia da Barsa
A
Zélia de São Luiz Gonzaga
A
Tia Zélia, A Mãe Zélia
A
vovó Zélia,
A
Comadre Zélia
A
amiga Zélia
Entre tantas outras Zélias, ficará para
sempre sendo a nossa Zélia.
A Zélia Caetano Braun
Peço
licença para que citar seu irmão Jayme Caetano Braun, que descreveu como
ninguém a alma gaúcha.
E um dia, quando
souberes
Que este gaúcho morreu,
Nalgum livro serás
eu.
E, nesse novo viver,
Eu somente quero ser
A mais apagada imagem
Deste Rio Grande
selvagem
Que até morto hei de
querer. (JCB - "Meu verso")
Louvemos
a Deus pelo dom da vida, pelo perdão que alcançamos da Cruz dp Senhor e pela
graça de termos convivido com uma mulher de fé e inspiração como Zélia Caetano
Braun.
Te foste, como outros foram
Pro velho pago do Além,
Aonde um dia, também,
Eu quero bolear a perna.
E o Patrão que nos governa,
Que por certo é teu amigo,
Há de ser bueno contigo
Aí na Querência Eterna. (JCB
- "Prece")
Reunidos
como família de Deus para ouvir sua Palavra e participar da Mesa Sagrada,
viemos fazer uma prece por nossa Zélia.
Pra saudade não tem cura,
E só me resta o consolo
Pensar no pago crioulo
Onde minha alma se ajoelha.
E, se ao bom Deus der na
telha,
Quero, por suprema graça,
Desconjuntar a carcaça
Naquela terra vermelha. (JCB
- "Missioneiro")
Todos
os nossos encontros com a Zélia, foram sempre muito alegres e muito cheios de
fé.
Um dia, quando eu me for,
Rumbeando a Querência
Eterna,
Onde bolearei a perna
Diante do meu Criador,
Não chorem o pajador
Do velho pago florido,
Que há de cantar comovido
Até o último repuxo,
Porque só em nascer gaúcho
Vale a pena ter vivido! (JCB
- "Milonga do Pajador")
Rezemos
pelos familiares e amigos de Zélia Caetano Braun, para que encontrem na fé o
conforto para saudade.
Não precisará quem chore,
Quando cambiar de querência
pra buscar noutra existência
Que a luz da sorte melhore,
Pois, o Jayme já é folclore,
Sanga do campo que corre,
A vida pra ele é um porre
Dum existir sem viver.
Quando expirar, vai nascer,
Que um pajador nunca morre! (JCB
- "Daniel Paiva")
Zélia
Caetano Braun é para nós um exemplo de alguém que sempre confiou na bondade de
Deus, por isso acreditamos que ela já está tomando o seu amargo com o Divino
Tropeiro.
E agora que estás vivendo
Na Estância grande do Céu,
Engraxando algum sovéu
Pro Patrão Velho buenacho,
Lembra sempre aqui de baixo,
onde a lo largo inda existe
Muito xiru velho e triste
Como tu, criado guacho! (JCB
- "Tio Anastácio")
A
nossa Zélia nunca deixou seus amigos a pé, sabia chegar o coração das pessoas,
quantas vezes a ouvimos pedir ajuda para doentes e orações pelos abatidos.
Ao bom Deus, que é
rio-grandense,
Sempre peço, enquanto vivo,
Um chimarrão para o estrivo
Quando chegar o meu fim.
E, se Ele quiser assim,
Vá destacando uma china
Que lá na Estância Divina
Prepare o mate pra mim. (JCB
- "Chimarrão do Estrivo")
Nós
sabemos com toda a certeza da fé que morte não é o fim mais uma
"passagem" para a vida verdadeira, onde nos esperam os que amamos,
onde não haverá nem dor nem sofrimento, onde todas as lágrimas serão enxugadas.
Por isso, quando eu me for,
Rumbeando a plaga divina
Que ninguém lamente a sina
deste andejo pajador.
E, se Deus Nosso Senhor,
Nosso Patrão soberano,
Precisar de algum vaqueano
Que entenda de campo e
potro,
talvez que, na falta doutro,
Lembre do Jayme Caetano! (JCB
- "Milonga do Tio Modesto")
Se não houver campo aberto,
Lá em cima, quando eu me
for,
Um galpão acolhedor
De santa-fé bem coberto,
Um pingo pastando perto,...
Só de pensar me comovo,
Eu juro, pelo meu povo,
Nem todo o Céu me segura,
Retorno à velha planura
Pra ser gaúcho... de novo!
(JCB - "Galpão
Nativo")
Termino
afirmando que memória de Zélia Caetano Braun, servirá sempre para estreitar
amizades porque será impossível lembrar a nossa Zélia sem dar umas boas rizadas;
a memória da Zélia servira ainda para manter viva em nós a chama
tradicionalista, para fortalecer a família Aliança; para inspirar muitos
evangelizadores, para fortalecer a Cruzada do Santo Rosário; para propagar a
devoção a Santo Antônio, a lista seria ainda longa, pois a memória da nossa
Zélia será sempre combustível de fé em Deus nos dias difíceis de nossa vida.
Amém.
Tinha o prazer de ouvir essa preciosa mulher
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