4.5.13

APÓSTOLOS SÃO FELIPE E SÃO TIAGO


Hoje, é o dia dos apóstolos Felipe e Tiago. No Evangelho de hoje Jesus, mais uma vez, nos deixa claro que Ele é o único caminho que nos leva ao Pai!  Jesus é a revelação do Pai, e aos poucos vamos compreendendo quem Ele é!
Um dia, alguém nos falou de Jesus, mas a nossa opção por Ele, tem que partir de nós mesmos.  O nosso envolvimento com Jesus, é um processo lento, que vai crescendo na medida em que O conhecemos melhor!
Só quem faz a experiência de Jesus em sua vida, pode dizer que O conhece! Mas também, não basta somente conhecê-Lo, é preciso tornar seu discípulo, assumir a Sua causa, carregar a sua bandeira, com os pés firmes neste chão duro e o olhar voltado para o alto! 
 A fé, é caminhada, é compromisso, é partilha, é ver além do horizonte, ou seja, ver além do que os olhos humanos conseguem alcançar!  Não podemos nunca, separar a fé da vida, uma fé superficial, só de emoções, não produz frutos, não sobrevive aos vendavais da vida, pois  não possui  raízes  que a sustente!
É importante que estejamos sempre unidos a Jesus, sem Ele, caímos no vazio, pois Ele é o único alimento que nos sustenta durante a nossa caminhada terrena!
O Evangelho de hoje, nos mostra a paciência de Jesus com os discípulos, que apesar de estarem tanto tempo com Ele, ainda eram muito imaturos na fé.  Era desejo de Jesus, dar a eles uma boa formação, para que eles tivessem ideias claras sobre a sua pessoa, a sua missão, o sentido da sua presença no mundo. Era preciso deixá-los bem preparados para que eles pudessem dar continuidade a sua missão, passar adiante os seus  ensinamentos.
 E é graças a esta paciência, a estes empenhos de Jesus, que hoje nós desfrutamos das riquezas dos seus ensinamentos! Graças ao testemunho dos primeiros cristãos, hoje podemos conhecer Jesus e viver as alegrias da fé!
A referência que Jesus sempre fazia do Pai, provocou nos discípulos o desejo de conhecer o Pai, desejo este, que fora manifestado por Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” Eles queriam conhecer o Pai, e, para isto, bastava que eles dessem um passo a mais na fé, para descobrir na pessoa de Jesus, a presença do Pai!
Contemplar Jesus é a única forma de ver a face de Deus Pai! Não por meio de conhecimento intelectuais, mas pela fé, e pelo conhecimento das obras realizadas por Jesus, que são obras do Pai!
 “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim!” Estas palavras de Jesus devem permanecer em nós, pois são palavras que nos mostra claramente, qual é a vereda autêntica que nos leva a felicidade Plena!
A Luz verdadeira é aquela que nos conduz pelo caminho da salvação, Jesus é este caminho, é esta luz, Ele é a vida de Deus em nós!
Havia, certa vez, um rapaz que estava desempregado. Ele procurava emprego em toda parte e não encontrava.
Um dia, foi a um zoológico e perguntou se havia uma vaga. O chefe lhe disse: "Nós não temos vagas. O nosso quadro de funcionários está completo. Mas o nosso gorila morreu e ele era a grande diversão da criançada. Se você quiser imitar um gorila, podemos lhe arrumar as roupas próprias". O rapaz topou. Afinal, estava desempregado e precisava ganhar dinheiro.
Vestiu a roupa apropriada, colocou a máscara... ficou igualzinho a um gorila. Depois entrou na jaula e começou a andar, pular e fazer micagens, como um gorila. As crianças adoravam.
Uma hora, ele olhou para cima e viu uma gangorra e um trapézio. Pensou: Ah! O gorila usava isto. Vou usar também. Subiu e começou a gangorrar para lá e para cá.
Mas aconteceu que ele exagerou na gangorra, desequilibrou-se e foi cair dentro da jaula do leão. Pensou: Agora estou frito! O leão vai me devorar. Caído no chão, começou a tremer e a chorar. O leão veio na direção dele, chegou perto do seu ouvido e disse baixinho: "Fique calado, senão nós dois perdemos o emprego!”
A quem nós iremos Senhor? Se só tu é o caminho a verdade e a vida! Este mundo é cercado de mentiras e falsidades; quem escolher ficar com Jesus, o nosso caminho, verdade e vida. Alimentados por ele, seremos agentes de transformação.

17.4.13

HOMILIA DA PRIMEIRA COMUNHÃO

Neste dia da nossa primeira comunhão, não são necessárias muitas palavras, o ardor de nossos corações, a beleza desses rostinhos e a alegria deste encontro “tão especial” com Jesus, falam por si! Eu mesmo - para ser sincero - não me lembro de nenhuma palavra que o padre tenha dito, do dia da minha primeira comunhão. 


Lembro-me dos preparativos, dos ensaios, dos gestos, da roupa que usei, e do meu coração batendo acelerado! 

Mas, no centro das minhas belas e felizes recordações, encontra-se o pensamento de ter percebido que Jesus tinha entrado no meu coração, tinha-me visitado, precisamente a mim! E, com Jesus, o próprio Deus estava comigo! E de alguma forma eu sabia que isso valia mais do que tudo o que a vida poderia me dar! 

Lembro-me de ter ficado tomado de euforia, radiante, porque Jesus veio a mim. Eu recebia Jesus e Jesus recebia a Mim. 

Mal sabia eu que começava uma nova etapa da minha vida, - tinha apenas nove anos - e, a partir daí, não me lembro de ter ficado nem um domingo sem ir a este encontro, com Jesus na Comunhão. Na verdade tenho 40 anos e acredito que nunca, nunca, nunca aconteceu de eu ter ficado um domingo sem missa. Mérito exclusivo do amor dos meus Pais. 

Hoje olhando para traz posso dizer também que nunca me senti desamparado pro Deus, pelo contrário, sinto constantemente a sua presença amorosa em minha vida, sempre antecipando seu amor as minhas necessidades. 

E assim, essa alegria da Primeira Comunhão foi o princípio de um caminho percorrido de mãos dadas com Jesus. Espero que, para todos vocês, a Primeira Comunhão, seja também o princípio de uma amizade para toda a vida, com Jesus; o início de um caminhar juntos, porque, ao lado de Jesus, segue-se o bom caminho e a vida torna-se bela. 

Como já disse este dia nos marcarão mais os gestos do que as palavras! Aos discípulos de Jesus também gravaram mais os gestos que as palavras de Nosso Senhor. Gestos que eles descreveram e repetiram depois por toda a vida: Ele tomou o pão, pronunciou a bênção e deu graças, partiu o pão e deu-o aos discípulos, depois tomou o cálice com o vinho em suas mãos, agradece de olhos erguidos para o céu, e da aos seus discípulos. 

Estes gestos de Jesus, ao tomar o pão e o vinho, ao bendizer, ao partir e ao dar-Se, renovam-se em cada Missa. Na Eucaristia, sob a aparência de um pequeno pedaço de pão, é Ele mesmo que se dá e quer entrar no nosso coração. 

Queridos pais: Não queria sugerir às crianças o impossível! Peço que acompanhem seus filhos à Igreja, para participarem na Missa Dominical! Verão que isto não é tempo perdido; ao contrário, é o que mantém a família unida. Se Jesus está ausente da nossa vida, falta-nos um guia, falta-nos uma amizade essencial, falta-nos também a alegria, que é importante para a vida. Mas, se juntos, repito juntos participarem na Missa Dominical, o Domingo torna-se mais bonito, toda a semana se torna diferente! A Eucaristia é uma força de paz e de alegria. A vida em família torna-se mais cordial e adquire um alívio mais amplo, se Deus estiver presente! 

Queridos jovens catequizando, sei que, às vezes vossos pais estrão cansados com trabalho ou ocupados com tantas coisas que os impediram de acompanhá-los na Missa! Podereis, sempre, com o respeito e amor de um filho ou de uma filha, dizer aos vossos pais: Querida mamãe, querido papai, era importante para todos nós, mas para ti também, que nos encontrássemos com Jesus. Isso nos enriquecerá isso dará nova força à nossa vida cansada. Juntos, até poderemos conseguir um pouco de tempo, para encontrar esse encontro com Jesus. Talvez lá, onde mora a vovó, ou onde passamos o fim-de-semana, se possa encontrar uma missa para a nossa família. 

Numa palavra, eu diria, com um grande amor e respeito pelos pais: “Compreendam que isto não é só importante para mim padre, - não são só os catequistas que o dizem - isto é importante para todos. Vão a missa e a luz do Senhor brilhará para toda sua família”. 

Vamos pedir ao Senhor que a “marca” deste dia, desperte em todos o desejo profundo de viver na companhia de Jesus por toda a vida.

26.2.13

TRANSFIGURAÇÃO

Certa vez, um príncipe, em uma caçada, sendo atacado por uma fera, foi salvo por dois camponeses de aldeias próximas. Agradecido, deu a cada um dos camponeses um saco de sementes especiais, quase mágicas, que garantiriam grande produção. 

Muitos anos depois, já coroado rei, voltou às aldeias para ver o resultado de sua oferta. O primeiro camponês era agora rico, dono de uma grande fazenda, mas vivia assustado, cercado de arame farpado e guardas, numa aldeia sem recursos, no meio da miséria dos vizinhos. 

A segunda aldeia ele quase não reconheceu. Era agora uma comunidade maravilhosa, com boas escolas, estradas para escoar a produção, hospital, saneamento, uma beleza! É que o segundo camponês optou por partilhar com os vizinhos às magníficas sementes que recebera. 

Nesta historinha, aparecem direitinho as duas maneiras de usar os dons que Deus nos dá: conforme o plano de Deus e contra esse plano. Transfigurando a vida ou desfigurando ela. 

Irmãos o que transfigura a nossa vida é o amor, tanto é que costumamos dizer “quem ama o feio bonito lhe parece”. Já viu uma mãe achar um filho feio, por mais torto que seja sempre dirá que coisa linda esse meu filho. O que desfigura a vida é o egoísmo, raiz de muitos pecados, e o orgulho. Nada deixa uma pessoa mais feia do que se achar melhor que os outros. 

Este Evangelho narra à belíssima cena da transfiguração do Senhor. Num momento em que a oposição a Jesus crescia dia por dia, Ele se apresenta revestido de sua Gloria, a fim de nos dar esperança. 

Assim como em nossas vidas também de muitas formas e maneiras, O Senhor manifesta o seu amor por nós, nos concedendo uma graça, uma consolação, e até milagres sinais incontestáveis de seu poder. Depois ele nos da chance de fazermos a nossa parte, quando permite alguma provação, para que possamos dar testemunho de nossa fidelidade, constância e entrega a sua vontade. Quando acontece o milagre é Deus fazendo a parte dele, quando acontece à provação é Deus nos dando chance de fazer a nossa. Até o dia em que o veremos face a face, e nossa alegria será completa. 

Estamos agora vivendo um momento de provação, quando a mídia nos bombardeia com uma enxurrada de manchetes sensacionalistas. Tentando procura explicações meramente humanas na renuncia de nosso amado pontífice, porque para quem não tem fé impossível entender porque alguém pode renunciar as honras de um Papado para viver na simplicidade de um mosteiro. Por serem incapazes de entender, as razões espirituais, sentem-se incomodados ao ponto de levantar insanidades, que não fazem o menor sentido a quem tem um pingo de conhecimento sobre a Igreja ou um pouco de bom senso. 

Mas lembremos irmãos, o Evangelho narra que: “Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, e subiu à montanha para orar” Quando rezamos, Deus vem nos socorrer, e sua ajuda é sempre apropriada e eficaz. Dando-nos força e coragem para permanecer fiéis nos momentos de crise. 

Quando rezamos, Deus vem e nos mostra um caminho, sejam quais forem nossos problemas, mesmo que seja o desânimo na fé. Se rezarmos na hora de uma crise, recuperaremos a nossa identidade e retomamos nossos propósitos. Nada nos reabilita mais ou mais rápido do que nosso encontro pessoal com Deus na prece e meditação. 

O relato da transfiguração nos lembra de que somos chamados a ir, aos poucos, vencendo o pecado, que nos desfigura, e ir nos transfigurando através da prática das virtudes e das boas obras, e a medida que transformamos a nós mesmo vamos transfigurando o mundo a nossa volta. 

Havia, certa vez, um senhor que gostava muito de galo. O que ele mais admirava era ver um galo cantar. Um dia, ele procurou um pintor e pediu que pintasse para ele um galo com o pescoço levantado e bico aberto, como se estivesse cantando. O pintor pediu seis meses para pintar o quadro. Passados os seis meses, o homem foi buscar a sua encomenda. Quando chegou, o pintor lhe pediu: "Por favor, espere um pouquinho". Foi lá dentro, pegou uma tela nova, sem nada pintado, colocou-a no cavalete, pegou os pinceis e começou a pintar. Em meia hora o galo ficou pronto, e belíssimo. O homem gostou muito do galo. Mas ficou encabulado, pensando: "Por que ele pediu seis meses, se fez o serviço em meia hora? Certamente ele vai cobrar menos do que o preço alto que me deu quando encomendei". 

Quando foi pagar, o preço era aquele mesmo que fora combinado. Então o homem reclamou: "Mas como? O senhor cobrar tudo isso por apenas meia hora de trabalho? O pintor respondeu: "Meia hora não senhor, venha aqui ver". Levou-o até uma sala e mostrou: estava cheinha de pinturas de galo até o teto. E o pintor explicou: Desde que o senhor veio aqui, todos os dias eu pinto um galo. Assim eu fui treinando, e melhorando cada dia. Por isso que hoje eu o fiz tão rápido e bem feito. 

Nós somos assim, vivemos caindo e levantando, acertando e erando, e aprendendo com nossos erros, sempre sem medo de recomeçar, melhorando sempre a cada dia, acreditando que sempre podemos ser pessoas melhores, tudo depende do treino. Educando nossos instintos, pelas obras quaresmais de piedade, penitência e caridade, podemos vencer a desfiguração do pecado e transfigurar o mundo.

16.2.13

SEMANA SANTA



PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA
Paróquia São Sebastião Mártir
Av. Protásio Alves, 2542 – Fone: 3331 2708


PROCISSÃO DE RAMOS
23 / 03 - Sábado 17H30
saída da Praça Tamandaré
24 / 03 - Domingo 9h30
saída do Salão paroquial
Traga ramos verdes e chás medicinais para a Bênção dos Ramos, em todas as Santas Missas.

28 / 03 - QUINTA-FEIRA SANTA:
20h – Instituição da Eucaristia
MISSA DO LAVA-PÉS
Após vigília e adoração até às 23h
Coordenação Ministros da Eucaristia

29 / 01 - SEXTA-FEIRA SANTA:
15h – Celebração da Paixão do Senhor.
VIGÍLIA, SILÊNCIO E ORAÇÃO.
Hoje a igreja acompanha o seu Senhor que enfrenta a Paixão pela salvação do mundo. Está com Ele no Jardim das Oliveiras, vive com Ele a prisão e o julgamento, caminha com ele em direção ao Calvário, permanece ao pé da sua cruz e guarda o silêncio do Sepulcro.

Dia de Jejum e Abstinência.
06h Padres e Religiosos – Ofício Divino
07h Grupo de Oração “O Semeador”
08h Grupo de Oração “Sede Santos”
09h Capelinhas
10h Catequese e HOS
11h Batismo
12h Apostolado da Oração
13h Pastoral da Saúde
14h Via Sacra - Juventude
15h – Celebração da Paixão

19h – Procissão do Senhor Morto
Saída da Igreja da Paz até a Igreja São Sebastião.

30/03 - SÁBADO SANTO:
20h - Solene Vigília Pascal (trazer velas).
A “Boa Nova” da Páscoa não é o anúncio de que um morto voltou à vida, mas que o Filho de Deus se fez homem entre os homens e doou toda sua vida por amor, venceu a morte!

31 / 03 - DOMINGO DE PASCOA:
8h – 10h – 12h e 19h – Missa Pascal
Cristo Morreu e Ressuscitou.

VIA-SACRA: Todos os dias da Semana Santa às 17h.

CONFISSÕES:
Segunda a quinta: das 15h às 19h
Sexta-feira: das 7h às 19h
Sábado: das 15h às 19h


17.1.13

CAMPANHA UM FAROL DE LUZ NO BAIRRO PETRÓPOLIS


A Igreja São Sebastião Mártir, é um monumento erguido à fé. Construída pela comunidade católica do Bairro Petrópolis, está localizada em uma das principais avenidas da cidade, onde transitam diariamente cerca de 30.000 veículos, mais de 75.000 pessoas que, ao passar diante dela, fazem o Sinal da Cruz, elevando um pensamento ou uma prece a Deus.

Apesar de termos dizimistas generosos e fiéis na nossa paróquia, infelizmente nosso dízimo e coletas ainda não são suficientes para cobrir todas as despesas com o templo, por esta razão, além da Festa de São Sebastião, a Paróquia precisa realizar campanhas para realização de obras de manutenção e melhorias.

Há mais de quinze anos a igreja São Sebastião recebeu a última pintura externa. É urgente uma nova pintura. Com a reforma da fachada que está sendo concluída esta necessidade ficou ainda mais evidente.

Com essa nova pintura, acrescentando iluminação externa e a colocação das oito novas estátuas nas colunas em frente à Igreja, faremos de nosso templo um ponto turístico em nossa cidade.

Desse modo, a Paróquia São Sebastião, no ano em que completa 80 anos de Evangelização, pede sua colaboração especial para realizar a pintura externa do templo.

Nosso sonho é deixar nossa Igreja ainda mais luminosa, pintando sua fachada com uma cor clara, e iluminando-a com holofotes. Faremos do Templo, a imagem do que a comunidade já é de fato, UM FAROL DE LUZ NO BAIRRO PETRÓPOLIS. Participe desse marco na vida da paróquia, inscrevendo o seu nome no Livro Ouro junto à Secretaria Paroquial. Queremos iniciar as obras em abril e chegar à Festa dos 80 Anos de nosso Templo com a Igreja linda e renovada! Em breve serão distribuídos carnês de colaboração mensal para quem desejar estender sua oferta por ao menos seis meses.

COMO FALAR DE DEUS?


Nosso amado Papa nos coloca uma questão bastante difícil: como falar de Deus no nosso tempo? Como comunicar o Evangelho, para abrir caminhos aos corações muitas vezes fechados de nossos irmãos e nas suas mentes por vezes distraídas pelas numerosas propostas do nosso tempo?

O próprio Jesus, nos lembra o Papa, ao anunciar o Reino de Deus, interrogou-se acerca disto: A que compararemos o Reino de Deus?

Como falar de Deus hoje? A primeira resposta é que nós podemos falar de Deus, porque Ele falou conosco. Portanto, a primeira condição para falar de Deus é a escuta daquilo que o próprio Deus disse.

Deus falou conosco! Por conseguinte, Deus não é distante de nós. Deus interessa-se por nós, ama-nos, entrou pessoalmente em Jesus na nossa história e comunicou-se a si mesmo a ponto de se encarnando no ventre de Maria.

Deus é uma realidade da nossa vida, é tão grande que tem tempo também para nós, preocupa-se conosco. Em Jesus de Nazaré nós encontramos o rosto de Deus, que desceu do Céu para ensinar o caminho da felicidade; para nos libertar do pecado e para nos tornar filhos de Deus.

Falar de Deus quer dizer, antes de tudo, ter bem claro o que devemos levar aos homens e às mulheres do nosso tempo: não um Deus abstrato, uma hipótese, mas um Deus concreto, um Deus que entrou na história e está presente em nossa vida.

Por isso, falar de Deus exige uma familiaridade Ele e com o seu Evangelho, supõe um nosso conhecimento pessoal de Deus. Como poderemos levar Deus aos outros se não o buscamos primeiro para nós?

Além disso, nos lembra nosso amado Papa que: não devemos procurar pelo sucesso, mas seguindo o método do próprio Deus, que é a humildade, nascendo na pobre gruta de Belém, vivendo na simples casa de Nazaré.

O Papa pede que acreditemos na humildade dos pequenos passos que quando perseverantes percorrem grande distância, assim como o a pequena porção de fermento que se mistura com a massa e que, lentamente, a faz crescer. Nosso amado Papa está nos pedindo que: recuperemos a simplicidade para falar de Deus. Pede um retorno ao essencial: - Deus que se interessa por nós, - Deus é Amor, - Deus vem a nós em Jesus Cristo, - Deus nos ama o ponto de morrer por nós na Cruz, - Deus nos oferece a vida eterna.

O apóstolo Paulo oferece-nos uma lição na Primeira Carta aos Coríntios: Também eu, quando fui ter convosco, irmãos, não fui com o prestígio da eloquência nem da sabedoria, anunciar-vos o testemunho de Deus. Julguei não dever saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado.

Paulo não fala de uma filosofia por ele desenvolvida, não fala de ideias que encontrou, fábulas que inventou, mas fala de uma realidade da sua vida, fala do Deus que entrou na sua vida, fala de um Deus real que vive, falou com Ele e falará conosco, fala do Cristo crucificado e ressuscitado.

Depois Paulo não se procura com sigo mesmo, não quer criar para si um grupo de admiradores, não quer entrar na história como chefe de uma escola de grandes conhecimentos. São Paulo anuncia Cristo e deseja conquistar as pessoas para o Deus.

Assim o Papa nos chama a atenção de que: falar de Deus nascer da escuta, do nosso conhecimento de Deus que se realiza na vida da oração e na obediência aos seus Mandamentos.

Lembremos como o próprio Jesus se comunicava, nos diz o Papa: Jesus fala do seu Pai — Abbá — papaizinho - com o olhar cheio de compaixão pelos necessitados.

O essencial do anúncio de Jesus é que a nossa vida tem valor para Deus. Jesus demonstra que Deus está presente nas histórias quotidianas da nossa vida. Quer nas parábolas da natureza, o grão de mostarda, o campo com diversas sementes. Ainda a parábola do filho pródigo, de Lázaro e noutras parábolas de Jesus.

Dos Evangelhos nós vemos como Jesus se interessa por cada situação humana que Ele encontra, se envolve na realidade dos homens e das mulheres do seu tempo, com uma confiança plena na ajuda do Pai.

Jesus deixa claro nos diz o Papa: que realmente na nossa história, Deus está presente e, se prestarmos atenção, podemos encontrá-lo.

Jesus age e ensina, começando sempre a partir de uma relação íntima com Deus Pai. Este estilo torna-se uma indicação para nós, cristãos: o nosso modo de viver na fé e na caridade torna-se um falar de Deus no presente, porque mostra credibilidade, o realismo daquilo que dizemos com palavras, que não são apenas palavras.

Portanto, falar de Deus quer dizer fazer compreender com a palavra e com a vida que Deus não é, o protetor da pessoa humana. Assim voltamos ao início: falar de Deus é comunicar, com força e simplicidade, com a palavra e a vida, aquilo que é essencial: Deus é Amor. Amém?

16.1.13

AMOR SEM LIMITES


Quando abrimos o CRIC – Centro de Recuperação Imaculada Conceição, as dificuldades eram imensas e os recursos limitados, às vezes até coragem faltava. Lembro-me que certo dia cansado de bater de porta em porta pedindo ajuda sem nada conseguir, comecei a reclamar do cansaço, então um amigo disse: “Se salvamos um jovem, tudo o que custar e todos os trabalhos valeram a pena”. Meio indignado respondi a ele: -“Não está exagerando não? Tudo isso para curar uma só pessoa?” Nisso ele respondeu: -“Se essa pessoa fosse o teu filho ou o teu pai, tu diria que todo o sacrifício estaria justificado.” Hoje amo a cada um, e sinto como sendo meu verdadeiro filho.

Então, para Deus, cada um de nós é só “o único filho” de Deus.

Se alguém não se contentasse em oferecer a seu amigo um rico presente, mas o levasse pessoalmente, mostraria nisso um grande amor. Se ele mesmo o preparasse com suas mãos, trabalhando dia e noite, mostraria um amor muito mais perfeito.

Pois isso mesmo faz Deus conosco. Não só nos dá os benefícios, mas, trabalhando prepara-os com todo o carinho para nos oferecer. Deus está, pois, ativando a luz do Sol para nos iluminar, está fazendo crescer as plantas, amadurecendo os frutos, mantendo a ordem do universo, para que o homem prossiga sua vida.

Não se contentou Deus, com esse trabalho manual, cansativo, humilde, tolerando todos os tormentos humanos até os sofrimentos da sua paixão e morte na cruz, para nos mostrar a última prova do amor, que é dar a vida pelos amigos.

Se não somos insensíveis devemos confessar que nosso amor não só deve ser um amor de gratidão, um amor de união, mas também um amor de ação, de trabalho e de sacrifício. Vivamos procurando justiça comunitária e social. Lutemos para o bem-estar de todos, sobretudo dos menos privilegiados.

Analisemos a vida de São Paulo. Já o vemos nos cárceres, já carregado de pesadas cadeias de ferro, já apedrejado pelas autoridades, já perseguido de morte pelos outros; e em todos esses trabalhos, Paulo ama a Deus e sente-se feliz por padecer alguma coisa pelo Seu nome. Nas suas viagens, fez coleta para os pobres em Jerusalém.

Quando o amor de Deus se apodera de uma pessoa, desperta nela um desejo insaciável de trabalhar e de se sacrificar pelo Amado; tudo o que Deus deseja é suave e agradável. Quem ama a Deus não se contenta com pouco, quer chegar ao heroísmo, porque o amor não conhece limites e Deus merece tudo.